Quando o Flamengo venceu a Copa do Brasil do ano passado, mesmo com toda dificuldade e limitação (financeira e de elenco), não havia um rubro-negro (este blogueiro incluso) que não sonhasse com um claro futuro em 2014. Aquele velho pensamento do “merecimento rubro-negro”, que tudo pode e tudo vence, estava mais fortalecido, embora surrado e gasto.
Segundo de uma jornada de três duros anos de organização financeira, imperativa caso se contemple a existência do clube nos próximos 30 anos, e antecipada pela então nova administração, 2014 infelizmente terminou (futebolisticamente) antes mesmo de embalar.
Mesmo campeão das taça Guanabara e Rio – consequentemente campeão carioca -, o Flamengo foi eliminado na primeira fase da Libertadores, em casa, e vagou, virtualmente rebaixado, até que o campeonato nacional voltasse da pausa feita para a Copa do Mundo. Chegar às semifinais da Copa do Brasil foi um bônus, um feixe de luz divina que pairou sobre elenco e treinador enquanto foi possível.
Ao vencer o Coritiba em seu último jogo no Maracanã em 2014, mesmo que aos trancos e barrancos, ameaçado até o fim por um empate frustrante, desencarnou o maligno espírito do rebaixamento. E só. Mais um se passou: mais um ano escapando do rebaixamento, mais um ano com um elenco (mal montado) posto em cheque, mais um ano sem G4, mais um ano para se contentar com pouco. Tomara que seja o último.
Fonte: ESPN