O ano termina para o futebol do Clube de Regatas do Flamengo. Você, leitor atento dos artigos sobre o Mais Querido, já está se preparando para o longo período de especulações que o momento reserva. É renovação, dispensa, contratação, tudo isso regado a muitas polêmicas, como não pode ser diferente no rubro-negro.
Mas cabe uma atenção especial ainda ao ano que se findou. Fomos campeões da Taça Guanabara e do Campeonato Carioca. Fomos semifinalistas da Copa do Brasil, com a final chegando muito perto. Somos, atualmente, oitavos colocados no Brasileirão, com o fantasma do rebaixamento afastado antecipadamente. Já tivemos anos piores. Já tivemos anos muito melhores. Mas o mais importante é: o Flamengo não existe para participar e sim para disputar títulos.
O Flamengo, por ter sempre ao seu lado a Maior Torcida do Mundo, não pode fazer figuração. Ele é protagonista. Não acho que devemos ganhar sempre. Na verdade, até acho, mas sei que isso é impossível. Porém, não tenho dúvidas em afirmar que merecemos estar sempre entre os melhores, sempre disputando as primeiras posições.
Para isso, é fundamental um trabalho de continuidade, de estratégia e de observação no departamento de futebol. Uma das grandes surpresas negativas que tive com a gestão atual, foi o rodízio de técnicos que passaram pelo clube nesses dois anos. Fomos de Dorival a Mano Menezes, de Ney Franco a Jayme, de Jorginho a Luxemburgo. Não necessariamente nessa ordem. E sabemos que quando mudamos o técnico, existem mudanças conseqüentes no departamento de futebol. O técnico não chega sozinho. Essa é a primeira lição a ser aprendida e meu primeiro desejo para o ano que vem.
Jogadores que chamam a responsabilidade, tarimbados, de expressão, devem ser contratados. Basta observamos a semifinal perdida para os mineiros, em Belo Horizonte, que percebemos o quanto fez falta aquele cara que coloca a bola “debaixo do braço” e manda no jogo, controlando a partida. Do meio-campo pra frente, principalmente, a ausência desse “cara” foi muito sentida. Então, vamos ao segundo pedido de Ano Novo: precisamos de jogadores que cheguem para assumir o papel de lideres dentro do campo. E que joguem bola de verdade.
O terceiro e último pedido é utópico, mas como estamos no fim do ano, tempo de renovação da esperança, quem sabe não acontece um milagre: Gostaria de ver todos os políticos, sócios e influenciadores rubro-negros desejando apenas o melhor para o Flamengo, deixando de lado vaidades e desejos pessoais, quando se tratar do Mais Querido. Situação e oposição devem debater e buscar novas soluções. Discordâncias vão sempre existir e só fazem engrandecer nosso clube, quando lúcidas e bem aplicadas. Mas sabemos que muitos (quando falo desses muitos não estou apontando para chapas, cores ou posicionamentos partidários) deixam suas vontades pessoais ou até birras políticas dominarem suas opiniões e atos, emperrando a evolução do nosso clube.
Acima de tudo, somos rubro-negros. E se, por acaso, eu não tiver me comportado tão bem durante o ano, a ponto do Papai Noel só me conceder um único desejo, escolho sem titubear: o último. Até porque ele é o único capaz de fazer com que todos os outros desejos, meus e dos outros 40 milhões de rubro-negros, se realizem durante os próximos 119 anos de vida do Flamengo.
Saudações Rubro-Negras!
Fonte: Falando de Flamengo
17 de nov. de 2014
21:30 Sem Comentarios
Pedido de Ano Novo.
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