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| Denis Marques, Obina e Jael: três ex-flamenguistas que hoje brilham na Série B. Fotos: Internet |
Uns passaram por grandes clubes brasileiros e se tornaram ídolos. Outros tiveram a chance de mostrar o talento nos maiores clubes do Brasil e não aproveitaram. Hoje, eles são os destaques de equipes que disputam a Série B do Brasileirão. São os casos de Obina, Denis Marques, Jael, Edno entre outros. Atacantes que vestiram as camisas de Flamengo e Corinthians, agora, brilham em clubes de menor expressão, disputando a artilharia da segunda divisão do futebol brasileiro.
Com 5 gols cada, Jael - o cruel - e Edno são atualmente os artilheiros do Brasileiro da Série B 2014. Atuando por Joinville e Ponte Preta, respectivamente, ambos tentam reaparecer no cenário do futebol nacional para voltar a defender os clubes de ponta do país. Jael já jogou por Bahia, Cruzeiro, Flamengo, Goiás e, após um ano de 2013 ruim atuando pelo São Caetano, foi emprestado ao JEC. Ao chegar no clube catarinense, o atacante declarou que não se sentia mais um jogador de futebol, por conta dos maus desempenhos e a pouca badalação que recebia no Azulão.
"Eu estou sentindo falta da pressão. Eu preciso disso para desempenhar um bom futebol. Nos clubes em que sou reconhecido, sempre lidei com isso", declarou Jael quando recém-contratado pelo Joinville.
A cobrança a qual o atacante se referia, talvez, possa tê-lo atrapalhado quando mais jovem, com 22 anos, atuou pelo Flamengo, em uma segunda grande chance na carreira. Não deixa saudades ao torcedor flamenguista, mas vem dando muitas alegrias ao torcedor do Joinville. Foi peça importante no vice-campeonato catarinense e marcou gols decisivos neste começo de Série B.
Edno, ex-Corinthians, junta-se a Denis Marques, outro ex-flamenguista e completa um ataque de renegados dos dois clubes brasileiros de maior torcida. Os torcedores do alvinegro paulista e do rubro-negro carioca não sentem falta dos dois, mas pela Portuguesa e pelo Atlético-PR, Edno e o Predador, respectivamente, brilharam. O carequinha, ontem (23), na derrota da Ponte para o Ceará por 3 a 2, marcou o 5º gol na Série B e empatou com Jael na disputa pela artilharia da competição. Denis Marques, que atua pelo ABC-RN, é vice-artilheiro do certame com 4 gols.
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| Com 30 anos, Edno pode não ter mais chance de atuar em grandes clubes brasileiros. Foto: Site Oficial da Ponte Preta |
Rodrigo Pimpão (ex-Vasco), Magno Alves (Atlético-MG), Max (ex-Palmeiras), Bill (ex-Corinthians e Santos) e Junior Viçosa (ex-Grêmio) são alguns dos outros atacantes que estão se destacando durante o início da segunda divisão do futebol brasileiro atuando por clubes como América-RN, Atlético-GO e Ceará.
Os chamados "refugos" dos grandes que disputam a Série B não são apenas atacantes. Ao lado de Obina, no América-MG, os volantes Magrão (ex-Palmeiras) e Leandro Guerreiro (Botafogo-RJ) são exemplos disso. O lateral Wellington Saci (ex-Corinthians), o zagueiro Bruno Aguiar (ex-Santos) e o meia Tartá (ex-Fluminense) são companheiros de Jael no Joinville.
Contratar "refugos" é a aposta dos clubes da Série B que pretendem conquistar o acesso à primeira divisão no fim da temporada. Todos os anos esta tática se repete. E os clubes que mais investem forte neste artifício são os que frequentam a Série A com maior constância e ficam no elevador de acessos e rebaixamentos. Em 2014, a exceção desta regra é o Joinville, que ao ver três rivais estaduais - Chapecoense, Criciúma e Figueirense - disputarem o Brasileirão, investe forte para conquistar um sonhado acesso que bateu na trave em outros anos.
Ter dinheiro para investir é importante e esta fórmula de apostar em "refugos" dá sucesso. Os últimos clubes a subirem para a elite nacional contavam com jogadores com este rótulo no currículo. A Chapecoense, vice-campeã da Série B 2013, contava com Tiago Luís (ex-Santos), jogador que chegou a ser chamado de "novo Messi" e cogitado no Real Madrid, por exemplo. Mesclar os renegados com apostas é o que vem dando certo na dura disputa da segunda divisão do Brasil. Até mesmo quem não sobe, apenas busca se manter na divisão, investe desta forma.
Ao menos um jogador de um grande ex-clube é possível encontrar no elenco dos times que disputam a Série B. A idade chega para os boleiros e o mito do baixo rendimento pós os 30 faz com que muitos acabem indo parar longe dos clubes de renome. Quem não aproveita a chance que tem ao chegar em uma equipe de ponta também acaba levando o mesmo destino. Sorte dos torcedores que contam com a experiência destes atletas em seus times do coração e acreditam que eles podem ser importantes para um acesso.
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